Há já muitos anos que conheço Pitões das Júnias, a primeira vez que lá fui, foi pela mão do meu pai que desde muito novo conhece bem as serranias do Gerês e desde então volto lá sempre que posso.
Pitões é uma aldeia muito agreste mas também muito bonita, com as suas casas típicas de granito, cujos telhados, no Inverno, ficam escondidos debaixo de um manto de neve branca e luminosa.
Na semana entre o Natal e a passagem de ano, aproveitamos um dia para lá ir novamente e apesar de estar muito frio, não esperávamos encontrar neve. Assim, foi uma agradável surpresa
vermos já perto de Pitões, as bermas da estrada cobertas de branco.
Também no caminho, vimos a zona dos fornos ( fornos cobertos em zona de piqueniques). Num deles estava um grupo de caçadores num convívio animado.
Quando chegamos à aldeia, fomos logo almoçar e enquanto lá fora a chuva grossa caía, ameaçando virar a neve a qualquer instante, nós provávamos as deliciosas carnes e enchidos da região.
O vinho, tinto como não podia deixar de ser, teve que ser ligeiramente aquecido junto à maquina de fazer café, pois com o frio da serra, mais parecia que tinha estado no frigorífico. Depois de confortados pela comida e aquecidos pelo vinho, foi altura de sair e enfrentar a chuva, percorrendo as ruas da aldeia, até onde as casas ficam para trás e no horizonte já só cabem os montes e o verde misturados com o granito, no fundo aquilo que eu mais gosto, a natureza pura e agreste, onde o que realmente importa se sente à flor da pele, como em nenhum outro lugar.
Com o tempo a acelerar a partida, ficou por rever o Mosteiro ( santa Maria das Júnias ), já que para lá chegar, é necessário fazer parte do percurso a pé e o tempo não estava muito convidativo , mas se ainda não conhecem e estão a pensar visitar a aldeia, não deixem de lá ir. O Mosteiro fica no fundo de um caminho de pedra muito bonito e a zona que envolve o mesmo, é linda.
Outro dos Ex-libris da aldeia é a cascata que vale a pena visitar, embora eu tenha uma preferência especial pelo Mosteiro.
Já no carro, quentes e abrigados, ficamos ainda um pouco a ver a neve que tinha começado a cair timidamente e pouco depois de termos começado a viagem de regresso a casa, ainda paramos na berma da estrada para brincarmos na neve com os miúdos.
parece ser mesmo lindo!! e com neve … maravilha!! beijinhos
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Que aldeia remota… e quão aconchegante… gosto de paragens desse tipo, ainda mais com comida boa…
Estou seguindo o blog
Um abraço
João Mario
http://picadinhodebacana.blogspot.com
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Depois deste lindo relato acho que até vou dormir mais pacífica 🙂
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É uma aldeia muito bonita. Já conhecia porque a minha sogra é dessa zona.
Beijinhos
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Que saudades me fizeste sentir dos tempos longínquos em que os meus Filhotes eram adolescentes e andámos por esses lados, à procura dos Pitões das Júnias!Foi depois do almoço que partimos do Gerês, de mapa na mão. Passámos a Barragem de Venda Nova e percorremos muitos quilómetros nessa paisagem bela e austera que Miguel Torga tão bem descreveu!Não encontrámos casas nem vivalma e começou a escurecer. Receosos de nos termos perdido, voltámos para trás…até hoje.Passados mais de vinte anos, (já sou avó),ainda não perdemos a esperança de lá voltar em breve. Obrigada por me teres recordado os belos tempos em que tinha os filhos por perto. Aproveita bem todos estes doces momentos. Bjs.Bombom
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Saí de portugal entrei em espanha e voltei a portugal a pitões de júnias,encontrei-me na memória de Torga de caminhantes à procura de tudo e nada como fossemos crianças novamente,
ao falar com os junianos,tive a sensação que eramos amigos de outras paragens.
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