Costa da Morte. O nome pesa, custa a pronunciar, até mesmo a escrever e está bem longe de ser sinónimo de idílio paradisíaco, no entanto em Agosto de 2016 quando a percorremos a pé por vários dias, eu estava longe de imaginar a beleza selvagem, escondida por entre aqueles baixios pedregosos e escarpas que ao longo dos tempos, em dias de vento Norte e tempestade reclamaram barcos sem conta para si.
Descobrimos kms de costa, com praias grandes e pequenas, quase desertas (algumas mesmo desertas) todas de areia branca e fina, de um lado o mar azul turquesa e cristalino e do lado oposto florestas e pinhais num cenário natural que eu nunca associaria ao agreste, extremo norte de Espanha. Foi como descobrir um paraíso perdido no mais improvável dos territórios. Ali, assim, em pleno auge do Verão. E também ali decidimos que no ano seguinte estaríamos de volta.
Voltámos. Há duas semanas atrás. Mais uma vez em Agosto. Mais uma vez o enamoramento. A mesma areia branca e fina, a mesma água azul, cristalina e amena. A mesma tranquilidade rara num cenário tão bonito.
Foi por terras galegas que nos despedimos oficialmente deste Verão. E quando vimos mais uma vez o por do sol no Farol de Finisterra, a imensidão da linha atlântica no horizonte aberto parecia ter condensado em si todos os lugares e caminhos que já trilhámos pela Galiza. Todas as experiências conquistadas durante anos de caminhadas.
A elas e ao que me acrescentaram eu ergo o meu copo, de gin aromatizado com rosas, framboesas e manjericão. A beleza imperfeita e mistério da vida vistos através de um copo pintado de rosa.
In English
Coast of Death. The name weighs, it costs to pronounce, even to write and is far from being synonymous of paradisiac idyll, nevertheless in August of 2016 when we hiked it for several days, I was far from imagining the wild beauty, hidden between those stony shallows and cliffs that over time, on days of storm and north wind have claimed boats without account.
We discovered kms of coast, with large and small beaches, almost deserted (some totally deserted) all of fine, white sand, on one side the turquoise and crystalline sea and on the opposite side forests and pine forests in a natural scenery that I would never associate with the rough, extreme north of Spain. It was like discovering a paradise lost in the most unlikely of territories. There, like so, in the height of summer. And also there we decided that the following year we would be back.
We went back. Two weeks ago. One more time in August. Once again we fell in love. The same fine white sand, the same blue, crystal clear water. The same rare tranquility in such a beautiful scenery.
It was on the Galician lands that we officially said goodbye to this summer. And when we saw the sunset again at the Lighthouse of Finisterra, the vastness of the Atlantic line on the open horizon seemed to have condensed into itself all the places and paths we have already hiked through Galicia. All the experiences conquered during years of hiking.
To them and to what they have added me I raise my glass, of gin flavored with sweet roses, raspberries and basil. Lifes imperfect beauty and mistery seen through a rose colored glass.
Ingredientes:
Xarope de rosas:
- 200 ml de água
- 200 g de açúcar branco
- 2 colheres de sopa de pétalas de rosa secas (comestíveis)
Para cada cocktail:
- 2 partes de gin
- 1 parte de xarope de rosas
- 5 framboesas
- Folhas de manjericão
- Cubos de gelo a gosto
Preparação:
- Leve o açúcar com a água e as pétalas de rosa secas ao lume e deixe ferver alguns minutos até dissolver o açúcar.
- Tire do lume e deixe arrefecer totalmente.
- Para cada cocktail misture 2 partes de gin com 1 parte de xarope, as framboesas e folhas de manjericão.
- Sirva com gelo a gosto.
Ingredients:
rose simple syrup:
- 200 ml water
- 200 g caster sugar
- 2 tbsp dried rose petals
For each cocktail:
- 2 parts gin
- 1 part rose syrup
- 5 raspberries
- Basil leaves
- Ice cubes to taste
Preparation:
- Put the sugar, water and rose petals in a small saucepan and take to the heat. Let it boil for a few minutes until the sugar dissolves.
- Remove from the heat and let it cool completely.
- For each cocktail add 2 parts of gin, 1 part of rose syrup, the raspberries and basil leaves.
- Serve with ice cubes to taste.
Já eu então acho o nome Costa da Morte tremendamente fascinante, evocativo, capaz de me atrair como poucas coisas a querer conhecer o lugar. Bem menos q as águas cristalinas e as areias brancas – se bem que depois de ver as fotos dou a mão á palmatória, oh paraiso!! – o nome Costa da Morte acorda a gótica doom que há em mim e faz-me mesmo querer passear por esses locais. Com ou sem cocktail de gin!!
https://bloglairdutemps.blogspot.pt/
LikeLike