No Domingo passado, sacudimos o pó das mochilas e fizemo-nos à estrada para mais uma viagem à Senhora da Peneda no Gerês. Deixámos o carro em frente à igeja e cerca de meia hora mais tarde, já estávamos no alto do monte, onde só existe o azul do céu e os tons de verde e cinza da paisagem.
Passaram-se quase três anos desde a última vez que andámos por este trilho. Nessa altura, em pleno Outono, o dia estava cinzento e húmido. A lagoa da Meadinha estava cheia e o cume dos montes tocavam as nuvens carregadas e sombrias. Muito diferente do que encontrámos desta vez…
O sol, o azul do céu e a brisa amena de um dia de Verão, transformaram a paisagem. Tudo era luminosidade. Pelo caminho as cores alegres das flores. No ar, um perfume quente e doce libertado pelo calor forte do meio dia. Tapetes verdes e macios de tomilho selvagem, cobertos de muitas flores cor de rosa. Em cada curva ou pedra galgada, a suavidade do cair da água. Ora mais forte, ora mais fraca, mas sempre presente. E o verde imenso, que se vê, sente e respira.
Em grande parte do caminho, protejem-nos as fragas, majestosas e imponentes. Num lugar como este, somos apenas a verdade. Não resta espaço ou vontade para mais nada. Despem-se as camadas e as ilusões da vida terrena e somos… simplesmente somos.
In english
Last Sunday, we shook the dust off our backpacks and drove once more to Senhora da Peneda – Gerês.
We left the car in front of the church, and half an hour latter we were at the top of the hill, were all you see is the blue sky and the landscape shades of green and gray.
It´s been almost three years since we hiked this trail from the first time. By then it was Fall and the day was gray and wet. Lagoa da Meadinha (Meadinha lagoon) was full and the top of the hills touched the heavy and gloomy clouds. Very different from what we found this time.
The sun, blue sky and the gentle breeze of a Summer day, transformed the landscape. Everything was light. Along the way, the cheerful colors of the flowers. In the air the warm, sweet scent, released by the heat of the mid day sun. Soft green rugs of wild thyme in full bloom. In each curve or passed stone, the gentle sound of falling water. Sometimes stronger, sometimes weaker, but always present. And the immense green, that you see, feel and breathe.
In most of the way, the majestic and imposing cliffs protect us. In a place like this we are nothing but the truth. There´s no space or desire to be anything else. The layers and illusions of earthly life, fall to the ground and all there´s left is our true self…who we really are.
E quantos portugueses pagarão centenas de euros para férias lá fora sem conhecer esta maravilha?
Também já lá não vou há uns bons anos… treze, especificamente… Tenho de lá voltar 🙂
Magníficas fotos!
LikeLike
Adorei o post e as fotos! É sempre óptimo recordar um sítio tão especial como o Gerês.
E essas caminhadas fazem-nos tão bem… 🙂
LikeLike
que fotos maravilhosas 🙂 beijinhos
LikeLike
Que passeio maravilhoso … que paisagem bonita … quanto verde … deve fazer um bem pra alma e para o corpo … lindas fotos ! beijos
LikeLike
Viajamos sempre contigo… Lugares lindos captados por um olhar sensível.
Um beijo
Babette
LikeLike
Que paraíso.Deve ser ótimo para meditar.Parece que se fica mais proximo de Deus.Lindissimo.Beijos.
LikeLike
Apaixonei pelo lugar atraves das fotografias 🙂 Ainda não tive oportunidade de conhecer, mas espero não estar muito longe disso 🙂
é lindo 🙂
Parabéns pelo blog, gosto bastante, (apesar nunca ter comentado).
LikeLike
Monica, qué lindo blog… Beijos desde Madrid, soñando con volver a Portugal!
LikeLike